segunda-feira, 17 de maio de 2010

Evolucionismo

Para tratarmos de assuntos científicos, de forma objetiva, como requer o assunto, é necessário que abandonemos nossas opiniões, pois se nos fundamentássemos meramente em nossas opiniões, as discussões seriam inúteis e vãs. Na ciência não há terreno para opiniões.

Para condenar o criacionismo, seria necessário um conhecimento profundo – longe de palpites – acerca dos princípios filosóficos e metafísicos que o regem, bem como dos fenômenos naturais, e isso a ciência moderna oculta para que seus estudantes permaneçam na obscuridade. Ler a Bíblia, ou saber algo a respeito significa nada.

Mas, por enquanto, seria melhor tratarmos da raiz do problema – a existência de Deus. – Quanto a isso, basta nos aprofundarmos nas provas de Santo Tomás, são provas e não teorias, de que um Ser criador, inteligente, superior e transcendente ao universo é necessário, e desta necessidade, nem mesmo o evolucionismo escapa. Pois é óbvio que o universo nem sempre existiu, houve uma época em que ele não existia, e negar isto seria transpassar as qualidades de Deus para o universo, e isto seria cair no panteísmo.

Quanto ao fato de que o evolucionismo ser coerente, se realmente o fosse, seus princípios não seriam tão amplamente discutidos e modificados desde sua proposta por Darwin e Wallace. O evolucionismo quer demonstrar um universo sem Deus, mas utilizando-se de certos sofismas e distorções de análises dos fatos. Não podemos nos esquecer das distorções dos próprios fatos, isto é, das fraudes, como a do famoso homem de Piltdown e do homem de Java. O evolucionismo é uma ideologia, ou ainda, o evolucionismo é uma tese metafísica, mas ainda, o evolucionismo é um sistema teosófico com dogmas e tudo. Acima de tudo, o evolucionismo é uma grandiosa ficção que deveria interessar, acima dos cientistas, a Steven Spielberg.

Por que será que não se fala nas Academias de ciência, ou nos importantes periódicos científicos, do que há de suceder o homem? Por que a evolução teria parado em nós? Apesar de que em alguns lugares tentaram acelerar este processo evolutivo. Na Alemanha, o evolucionismo chamou-se Nazismo, com super-homem e tudo. Na Inglaterra, chamava-se Eugenismo, cujos expoentes propuseram fórmulas matemáticas em genética de populações – para a corrente clássica selecionista. –
A Evolução, segundo a corrente clássica Darwinista, ocorreria gradualmente, ao longo de uma escala temporal geológica. E seria um processo contínuo. A partir deste princípio, se pergunta: "Como pode um processo contínuo gerar produtos descontínuos?" Produtos descontínuos seriam as espécies, que, como reconhece o importante geneticista, são categorias reais, e não convencionais (como ensina a filosofia escolástica medieval).

Este mesmo princípio, isto é, da contínua e gradual mudança dos seres vivos, ao longo de milhões de anos, deveria levar a uma evidência obrigatória: o registro fóssil. Ora, exatamente o que mais intriga os biólogos evolucionistas são os fósseis. Eles aparecem, de repente, em camadas geológicas e somem, sem mostrar mudanças. E a obra de Stephen Jay Gould está aí para descrever este fenômeno. Não é à toa que ele propôs a teoria do equilíbrio pontuado, em que a evolução ocorreria em saltos... e os evolucionistas vão saltando as contradições! Não há um falso sistema sem algumas verdades, para poderem sustentar as outras mentiras.

Muitas coisas mudam sim, a frequência genética muda ao longo do tempo, mas isto não se chama micro-evolução como chamam os cientistas, pois a mudança micro ou macro implica em mudança de forma. E isto não há.

Portanto, os seres não mudam de forma (primeiro e fundamental princípio da metafísica, de identidade). Cada ser dá descendentes segundo sua espécie.
A teoria da Evolução é, antes de tudo, uma teoria imposta, que esconde suas contradições internas sob uma máscara de ciência imparcial e natural. E que obriga, sob pena de vergonha e desprezo, os estudantes e cientistas a defendê-la, a todo custo, imparcialmente, contra Deus.

Para haver provas sobre a evolução, seria necessário haver fóssil intermediário e transitivo, e este não há. Fóssil intermediário é aquele em que um ser não é nem um, nem outro. Para isto temos que considerar que as espécies são entidades taxonômicas reais e não apenas operacionais. E quem diz isto são os próprios evolucionistas, como, por exemplo, Elliot Sober.

Fósseis há muitos, porém, intermediários, nenhum. Todos os registros são de espécies fechadas. Mesmo entre os homens e símios.
Em se tratando de árvores filogenéticas, é natural que haja semelhanças entre a anatomia e os genes. O que não há, são ramos. Ligar indivíduos por parentesco, construir clados, é mais uma extrapolação indevida dos evolucionistas. As árvores são baseadas em matrizes de caracteres e na escolha de grupos externos arbitrários, tidos por derivados ou primitivos de acordo com uma opinião mais ou menos consensual entre os evolucionistas. Eis aí o clássico pensamento redundante, a tautologia evolucionista. Este grupo é derivado porque aquele é primitivo. O primitivo, por sua vez, é assim, baseado em outro que é derivado.
O devedor gostaria que seu credor não existisse, as coisas não existem sem antes ter desejado que elas não existam.

Tudo é mutável, a partir do momento em que haja algo que tenha qualidade em ato para consolidar a mudança. Noutras palavras, tudo o que muda é movido por outro. É movido aquilo que estava em potência para uma perfeição. É impossível que uma coisa esteja, ao mesmo tempo, em potência e em ato para a mesma qualidade.
Deus é ato puro.

“Antes que Abraão fosse, eu sou” (Jo – 8,58).

Nenhum comentário:

Postar um comentário