segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Se uma escola não tem aula, escola não é

Após o caso, há aproximadamente um ano, da greve dos “professores” no Estado do Paraná, os quais, por sua vez, alegavam, falsamente, que o governo do Estado roubaria a contribuição daqueles servidores, o Paraná recebe mais uma paulada dos rebeldes sem causa. É claro que no caso passado nada seria roubado, já que a Previdência está na lei. O que ocorreria era apenas uma mudança de administração previdenciária a fim de manter a saúde dos cofres públicos, já que a crise causada pelo Partido dos Trabalhadores nos últimos anos devastou os Estados. Entretanto, essa turma nunca soube fazer cálculos.


Atualmente, é muito fácil fazer críticas ao PT, já que este, finalmente, deixou sua farsa vir à tona, e caiu em desgraça frente à sociedade. O PT, hoje, não é mais que um zumbi que apenas convence seus pares fanáticos. Difícil era combater o PT quando ele era uma força hegemônica, e eu o fiz, mesmo tomando porrada de todos os lados; mesmo minha voz sendo uma voz praticamente isolada que ecoava somente em meu entorno. Adiante.


Um governante não pode ceder a pressões que objetivam apenas a desordem em favor de um partido político. Um governante deve dialogar, é claro, mas também deve ter pulso firme. Beto Richa, governador do Paraná, não o teve em 2015, e por isso é mais uma vez alvo dos indisciplinados. E sempre o será enquanto for um frouxo. Estou me referindo às novas invasões que as escolas públicas do Paraná estão sofrendo, impedindo, portanto, seu funcionamento; impedindo, consequentemente, a educação, a qual dizem defender. Desta vez, no entanto, os revolucionários de araque são contra a PEC do Teto e a MP do Ensino Médio. Apesar de as escolas invadidas estarem espalhadas Brasil afora, o Paraná é o maior palco. Quero deixar claro que também sou contra se mexer no ensino médio, pois a chaga da educação não está nele. Mas há várias formas de se protestar, sem, com isso, impedir as aulas da maioria. Um adendo a esta discussão: a questão no Brasil não é o quanto se investe em educação, mas como se investe, e aqui se investe mal.


Os grupos que se dizem de esquerda, os quais de esquerda não são, fazem barulho diante das propostas do governo Temer, presidente este que os tais grupos querem fora, depois, claro, de tê-lo colocado no poder como vice-presidente da República. Até aí, não há mal nenhum, pois conseguindo provar deslizes o suficiente para tirá-lo da cadeira na qual os próprios petistas o colocaram, a Constituição se encarregará do resto, assim como fez com Dilma.


Vamos a alguns números. Somente em 2015, ano em que a então presidente Dilma Rousseff escolheu o lema “Pátria Educadora”, o ministério da Educação cortou 10,5 bilhões, ou 10%, da educação. Cortes também foram feitos no Fies e no Pronatec. Cortes foram feitos no orçamento para a construção de creches, no Minha Casa Minha Vida, nos programas de saúde, entre outros.


Você, leitor, viu esses movimentos, como o Ocupa Paraná (como se o Paraná estivesse desocupado, sem ordem e sem lei) se manifestarem contra os tais cortes citados? Certamente não. Houve alguma manifestação a favor dos mais de 12 milhões de desempregados? Pelo contrário, esses movimentos querem a volta da presidente que levou o país à derrocada. Esses movimentos, que se dizem de esquerda, querem o status quo, expressão esta historicamente direcionada à direita, lado que esses movimentos estão de fato.


E sobre a morte que um dos invasores, menor de idade, foi acometido, causada, diga-se de passagem, por outro invasor? Algo a dizer? E sobre as máscaras que a maioria ousa usar para explicitar sua covardia? E sobre o medo de retaliação que os invasores têm de sofrer após a volta às aulas, como foi afirmado pelos próprios movimentos? (Revolucionários teriam medo de consequências?) Eles, os invasores, não passam de um bando de covardes mimados, que pensam ser homens, que pensam ser revolucionários; não passam, por fim, de massa de manobra sindical. Revolucionários, como se autodeclara a corja extremista e melindrosa contemporânea, têm ciência da transgressão da lei que cometem, e não ficam com discurso banal sobre o direito que possuem, no caso, a invasão. Não é de se causar espanto, não obstante, que esses grupelhos seguem a escola do neonazista iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o qual, por sua vez, criou a invasão de prédio público.


Se uma escola não tem aula, escola não é.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O Impasse Mexicano das 'Esquerdas'

Grande parte da sociedade difundiu a ideia de que há uma cultura de estupro em nosso país. E isso ocorreu após uma garota ter afirmado que foi estuprada por nada menos que 33 homens. O caso aconteceu no Complexo de Favelas São José Operário, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Não vou entrar no mérito da procedência ou não da história, isso é papel da justiça, que ainda apura o ocorrido. O que me incomoda, como sempre, é a militância oportunista.

É evidente que não há, no país, uma cultura de estupro. Esta ideia é um absurdo. Se assim fosse, as mulheres não conseguiriam ficar em nenhum ambiente com homens sem que estivessem em risco de sofrer estupro. Não é o que acontece. A culpa do tal estupro coletivo – caso tenha sido assim – é somente daqueles crápulas que o cometeram, e não de todos os homens do país, país este cuja sociedade não é conivente com tal ato, diga-se de passagem. Não foi um crime contra a mulher, foi um crime contra aquela mulher.

Onde quero chegar? Já digo. A militância, que se põe à frente desses casos – e de outros –, nunca tem interesse em resolver os problemas, mas apenas fazer política em nome de causas pelas quais dizem lutar. Quais causas são essas? Em tese, é a “libertação”. Qual libertação? Não importa, com tanto que se quebre o status quo. A militância só não tem interesse em derrubar o tal status quo quando este status quo está em suas mãos, como, por exemplo, apear do poder o PT, que já está à frente da nação há mais de uma década. Neste caso, o PT é o status quo! A militância quer apenas fazer política, e usa os inocentes como força motriz, e abusa dos inocentes. É assim na causa pelos gays, pelos negros, pelos índios etc. A militância está pouco se lixando por essas classes. Fosse diferente, o grupo de mulheres que foi protestar contra o estupro coletivo em frente ao STF – não se sabe o porquê do protesto no STF – não gritaria contra o governo Michel Temer, e foi o que o grupo fez. O que uma coisa tem a ver com a outra? Isso prova que a militância tem objetivos que excedem defender aqueles que diz defender. Nojo dessa gente! É fácil lutar por causas abstratas, difícil é lutar por pessoas de fato.

Na Alemanha, após a chegada da imigração islâmica, cresceu enormemente o número de estupros. A imprensa de “esquerda” escondeu os dados, já que tal militância se coloca a favor dos islâmicos. Esta é mais uma comprovação de que os critérios dessas militâncias não possuem responsabilidade. Quando é do interesse da militância, ela se opõe, quando não é, se esconde.

Que a lei seja severa com os crápulas deste país – inclusive com os que se dizem de esquerda –, mas passou da hora de parar de difundir besteiras como as de que vivemos uma cultura do estupro. Fosse assim, vivemos também uma cultura de homicídios, já que há 53 mil homicídios por ano no Brasil, número este maior que o de estupros. Dirão os tolos que os homicídios não têm gênero, mesmo que 80% deles sejam cometidos contra homens. Certamente não têm gênero, contudo, a questão é de mérito. E seria mesmo uma tolice afirmar haver uma cultura de homicídio no país, já que há muitas questões envolvidas, como impunidade, miséria, falta de educação e, sobretudo, a moral individual de quem mata.

Devo lembrar, ainda, que cresceu o número de homicídios e estupros no país nos últimos anos, e cresceu frente ao governo do PT, não de Michel Temer. Por que a militância não cobra do PT? Ou por que não cobrou até hoje? Para que serviram as tantas pastas que cuidaram do assunto?

Já encerrando, gostaria de fazer, diretamente, mais algumas indagações às tais “esquerdas”: Qual será sua posição, caso haja menores envolvidos nesse estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro? Cobrará punição severa a esses menores? Lutará pela mudança do status quo do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)? Ou continuará com a afirmação de que se o menor esteve envolvido nesse estupro a responsabilidade é do Estado, da Igreja, do capitalismo etc.?

Gostaria mesmo de uma resposta, sobretudo, desta última indagação, pois se a resposta for a favor do menor, então a luta contra o estupro em questão está desqualificada, e se a resposta for a favor da vítima, a luta de todos esses anos a favor dos menores está errada.

Pois é, parece que as tais “esquerdas” entraram num impasse mexicano.

domingo, 22 de maio de 2016

A Tese Racialista dos Picaretas

A presidente afastada, Dilma Rousseff, em entrevista a um jornalista militante norte-americano, afirmou, quando fez duras críticas à falta de negros nos ministérios de Michel Temer, que mais da metade da população brasileira é afrodescendente. E por este motivo, segundo a dona Afastada, Temer cometeu um disparate em não colocar negros em seus ministérios. Dá até preguiça, mas vamos lá.

Depende do que se queira dizer com afrodescendência, senhora presidente afastada. Que não seja branco puro, sim. Agora, negros no Brasil, de fato, são 7% da população; os brancos estão acima dos 45%; e os demais são mestiços, das mais variadas formas de mestiçagens, nos mais variados graus, ou, como o IBGE costuma definir de forma horrorosa, pardos. Até porque um mestiço é tão negro quanto branco, ou não? O filho de um pai negro com uma mãe branca é negro ou branco? A militância quer que seja negro. Mas ele é negro? Por que também não é branco? Por que um filho de negro com branco já o torna negro? Então um pingo de sangue negro já torna o homem negro? Isto é para o bem ou para o mal?, pois esta tese era nazista. Os nazistas tinham, inclusive, uma tabela para saber quando foi que uma família tinha tido sangue judeu, até eles considerarem a depuração total. Portanto, é preciso tomar cuidado com tais teses. Nem vou entrar no mérito da divisão racial ridícula que alguns filósofos trouxeram às Ciências Sociais no século XIX – talvez até baseados em interpretação esdrúxula de diálogos de Platão –, e que muitos tontos, desde então, dão seu apoio, como Adolf Hitler.

Se formos usar o critério de afrodescendência da senhora Afastada e de todos seus seguidores barulhentos, então podemos usar como exemplo o atual ministro da Educação, Mendonça Filho. Este, segundo os critérios racialistas – sobretudo, de afrodescendência –, é negro.

Na hora de criticar a falta de negros nos ministérios do novo governo, só vale preto retinto, mas na hora de considerar a maioria do Brasil formada por afrodescendentes, aí vale uma gota de sangue. Bando de picaretas.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O PT faz jus a uma das teses de Einstein

Quando pessoas favoráveis aos governos petistas vão tentar defender seus heróis, tentam logo vomitar os avanços sociais. Vamos lá.

Primeiramente, não faz sentido comparar os governos petistas aos governos dos anos 90, pois a situação era totalmente diferente. A partir da redemocratização do Brasil, que se deu na pós-ditadura, a situação econômica do país era gravíssima, e só foi estabilizada a partir do governo Itamar Franco, com medidas como o Plano Real, o qual foi assinado por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda.

Após os dois anos de mandato de Itamar Franco, FHC, eleito no primeiro turno, deu continuidade ao governo de estabilização. Nesta época, não havia recursos para fazer grandes coisas, em decorrência da situação devastadora, que vinha aos poucos sendo controlada. Ainda assim, houve espaço para se criar, no âmbito social, alguns programas, como o Bolsa Escola, Vale Gás, entre outros. Durante seus oito anos de mandato, houve altos e baixos. Por toda a década de 1990, o país não poderia correr o risco de tentar uma expansão de crescimento, pois a inflação e os juros poderiam se descontrolar novamente, de tão grave que fora a situação nos anos anteriores. Algumas tentativas foram feitas, mas percebeu-se logo que ainda não era a hora. Tudo fora feito com bastante cautela. Qualquer deslize, e o país voltaria à estaca zero. Deve-se levar em conta que FHC levou a inflação do país, que no início de 1990 era de quase 1000% ao ano, a 12% até o fim de seu mandato, tendo, neste meio tempo, deixado muitas vezes abaixo da meta. É óbvio que 12%, com uma meta de 6%, é ruim, mas ele a pegou com quase 1000%. Portanto, a retórica falaciosa dos petistas quando estes dizem que a inflação era maior no governo pesdbista, é uma tolice desmedida.

Desta forma, a partir dos anos 2000, e com o crescimento mundial, sobretudo o chinês, e com o Brasil já bem mais estabilizado – apesar de ainda não estar do jeito que poderia –, Lula, à frente da Presidência, fez nova tentativa de expansão de crescimento, e com a ajuda dos países mundo afora que vinham num crescendo, o Brasil também conseguiu crescer. Mas veja só, caro leitor, a fórmula de crescimento que Lula adotou: liberar crédito para consumo. Não é preciso ser economista para saber que isto, sem um apoio estrutural por trás, uma hora dá errado. Afinal de contas, não poderia mesmo ser tão fácil assim fazer o país crescer. Não existe mágica.

Pois bem, o país cresceu, houve festa, todo mundo passou a comprar e comprar. Os carros poderiam ser pagos em 60 meses, o país vivia um sonho. E enquanto isso, muitos especialistas alertavam que este sonho teria um fim trágico.

Veio à luz o mensalão, o que facilmente poderia ter impichado o então presidente Lula. Porém, como o impeachment não é um processo somente jurídico, mas é principalmente político (do contrário, seria o STF a julgar, e não o Senado Federal), Lula se manteve intacto, pois apesar da gravíssima corrupção cometida em seu governo, ele tinha o apoio do Congresso e da sociedade, a qual o responsabilizava pelo crescimento do país. Crescimento este ilusório, e somente possível pela estabilização de Itamar e FHC.

Lula brincou de ser presidente, brincou de fazer o país crescer, mas tinha boa retórica, e conseguiu enganar os mais tolos e fanáticos. Se apropriou dos programas sociais anteriores, mudou seus nomes, unindo-os no Bolsa Família, e o chamou de seu. Fez o programa crescer absurdamente, inflando o caixa do Tesouro. Sem porta de saída, o Bolsa Família só acumulava pessoas, e nunca as dava independência financeira. Neste momento, ficou clara a intenção maquiavélica assistencialista e eleitoreira do PT, assim como nas ditaduras bolivarianas que ele defende.

Os militantes petistas afirmam que Lula tirou milhões da pobreza. Pois bem, na prática não é o que se vê, nem nunca foi. A propaganda petista sempre foi muito forte, e os menos informados sempre abraçaram. Veja onde está seu marqueteiro agora: na cadeia. Veja onde estão seus principais nomes: na cadeia. O PT sempre jogou com os números para inglês ver. Mudou as classificações das classes sociais aqui, manipulou o IBGE ali etc. E tudo parecia as mil maravilhas. Nas eleições seguintes, o PT vivia difamando seus opositores frente à sociedade. Dizia que a oposição, caso voltasse, acabaria com os programas sociais, os quais a própria oposição criou; dizia que a oposição privatizaria estatais; que a oposição significava retrocesso, mesmo sendo ela a tirar o país do buraco nos anos 90, com medidas que o PT sempre se pôs contra, como o Plano Real (maior programa social das últimas décadas), a Lei de Responsabilidade Fiscal (que ele a burlou descaradamente nos últimos anos) etc.

Tente encontrar, caro leitor, algum discurso de José Serra, nas eleições de 2002, que difamasse seu opositor, o Lula; tente encontrar algum discurso que dizia que Lula, caso entrasse, acabaria com a estabilização, com os programas sociais do senhor Fernando Henrique Cardoso e sua esposa, a senhora Ruth Cardoso; tente encontrar algum discurso na campanha de Serra que tenha usado o pobre como marketing eleitoreiro. Não encontrará. O pobre só passou a ser usado e abusado na era petista.

Contudo, e diante das tantas acusações injustas que o PT fazia à oposição nas eleições seguintes, pouca gente percebia que, enquanto Lula vociferava tais asneiras, era ele quem estava privatizando todas as rodovias, aeroportos e hidrelétricas possíveis; enquanto Lula acusava a oposição de bandida, era ele, junto com seu partido e aliados, quem estava praticando o mensalão, maior crime de corrupção até então; enquanto o PT afirmava ser ele a única salvação do planeta, estava se aliando com quem sempre desprezou: o PP, por exemplo.

O tempo passou, chegou 2016, e o PT agora estava com Dilma à frente da Presidência. Aqueles especialistas lá atrás no começo deste artigo, lembra-se, leitor?, sobre os quais afirmei que alertavam a previsível catástrofe que aquele falso crescimento daria? Pois bem, o mundo sofreu uma grande crise em 2008, e o Brasil, que só vivia no verão, caiu junto. Mas a diferença é que, dois anos depois, todos os países do mundo já estavam crescendo novamente – com exceção de um ou outro, como a Grécia –, e o Brasil afundando cada vez mais. E por quê? Por causa daquele falso crescimento que aqueles especialistas que citei afirmaram lá atrás. Percebeu-se que aquele crescimento não era sustentável, mas apenas ineficiência, mau-caratismo e demagogia. E mesmo se a crise de 2008 não tivesse acontecido, no Brasil ela chegaria, diante da má gestão petista aqui dentro.

Aqueles pobres que o PT sempre dizia ter tirado da pobreza, voltou a ela, e por quê? Porque aquela informação não era verdadeira. Hoje, há mais de 11 milhões de desempregados no país; empresas fechando suas portas todos os dias; déficit nas contas públicas que chegam a R$ 120 bilhões até o momento, mais que o PIB de muitos países mundo afora; inacreditavelmente, atenção!, mais um devastador e absurdo caso de corrupção veio à luz, e desta vez maior que qualquer outro da história do mundo: o petrolão, praticado de novo pelo PT e aliados, com muitas personagens em comum com o mensalão. Inacreditável!

Não podemos nos esquecer, ainda, todos os imensos cortes nos programas sociais. Sim!, aqueles cortes que o PT vivia dizendo que a oposição faria. Foram quedas de até 87%. O orçamento para a construção de creches passou de R$ 4,2 bilhões para R$ 502 milhões; o programa Minha Casa Minha Vida perdeu 74% das verbas; no Pronatec, a diminuição foi de 59%; programas de saúde, como o combate ao crack, teve queda superior a 20%; entre muitos outros.

Por conseguinte, toda a estabilidade construída a tanto custo e que levou mais de uma década para acontecer, o PT destruiu com falsas ilusões, e deixou os brasileiros a verem navios, enquanto seus pares enriqueceram.

Mas ainda assim, o PT continua a acusar a oposição de ameaçar cortar benefícios sociais; continua a vociferar mundo afora que é vítima de um golpe; continua a acusar a oposição de conspiração; continua a dizer que somente seu governo é legítimo e única salvação dos pobres e oprimidos.

O pobre, senhores petistas, foram oprimidos com o desemprego que assola nosso país; o pobre foi oprimido com os cortes orçamentários que seu partido fez; o pobre foi oprimido com a falsa ilusão de melhora de vida que seu partido semeou; o pobre foi oprimido com a falsa ilusão que teve de seu partido ao vê-lo como exemplo ético. Então, por favor, não faça comparações esdrúxulas. Se houve certo índice de desemprego, inflação e juros altos no governo FHC, foi mediante a herança maldita do fim dos anos 80. Qual herança maldita Dilma pegou? Só se foi de Lula, seu antecessor.

Diferentemente da era do mensalão, na qual, apesar do roubo escancarado, Lula ainda – não se sabe como – tinha o apoio da sociedade e do Congresso, e, portanto, não houve possibilidade de impeachment, com Dilma Rousseff foi diferente. Ela não tem mais o apoio de ninguém. E a união entre crime, crise e falta de apoio geral termina no... impeachment.

Atualmente, o PT não passa de um zumbi que vive a assolar os vivos. O PT não aprende nada nem esquece nada, e por isso vive a repetir as mesmas retóricas cansativas de sempre. O PT é a personagem que Einstein descreveu quando tratou da loucura: usa sempre os mesmos métodos esperando obter resultados diferentes. O PT é, por fim, uma vergonha, além de ser também o mal do país.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os Algozes Delinquentes da Cultura

O MinC (Ministério da Cultura) foi criado pelo fascista Benito Mussolini com o nome de Ministero della Cultura Popolare (Ministério da Cultura Popular, MinCulPop), e tinha a tarefa de controle sobre a cultura e organização da propaganda do Fascismo.

Onde pretendo chegar com estas informações? Antes de se chamar Ministério da Cultura Popular, o tal ministério se chamava Ministério da Imprensa e Propaganda, o qual tinha como ministro o genro de Mussolini, Galeazzo Ciano. Apesar da mudança de nome, a função foi a mesma: fazer propaganda do governo fascista.

Em 1985, o então presidente do Brasil, José Sarney, resolveu criar seu Ministério da Cultura, baseado, não em Mussolini, mas na França, a qual instituiu o mesmo ministério em 1959, através do então presidente Charles de Gaulle. Contudo, Sarney talvez não conhecesse o histórico do chamado Ministério da Cultura e sua intenção única de fazer sempre, em primeiro lugar, a propaganda do governo vigente, o qual sempre fingiu falar de cultura.

É fato que assim tem sido feito no decorrer dos anos, e isto ficou muito mais claro nos governos petistas, e por isso a grita toda em decorrência da fusão da cultura com a educação. Pessoalmente, não penso que a fusão tenha sido mesmo saudável, pois para mim, o MinC tinha de acabar. Ele só serve para gastar o dinheiro do Tesouro – isto é, nosso dinheiro – com a propaganda do governo, através de produções, a maior parte das vezes, sem um mínimo de qualidade. O critério para se apoiar uma produção nunca é a qualidade, mas sempre a doutrina implícita. Vide os defensores da “cultura” que vociferam contra o governo Michel Temer em Cannes, no lançamento do filme "Aquarius" (2016): Maeve Jinkings, Sonia Braga, Carla Ribas, Kleber Mendonça Filho e Humberto Carrão. Cite para mim algumas produções artísticas destes fanfarrões, por favor! Eles não defendem a cultura, e é isto que me incomoda, eles defendem, sim, um governo corrupto (o governo petista). Esta é a real razão da grita toda. A cultura é só um pretexto, pois desta forma se chama mais a atenção dos ignorantes. Veja só, é preciso travestir a manifestação a favor de Dilma, de cultura. Nem eles mesmos têm a coragem aberta de assumir que defendem o PT.

É fácil falar em nome dos pobres e oprimidos, falar em nome do povo, de cima de uma cobertura luxuosa no Leblon. Esses vigaristas pegam seu salário na Rede Globo, e vociferam contra o capitalismo. Qual é a importância, no ramo cultural, das pessoas que citei acima? O que essas pessoas produziram? Onde elas são conhecidas, além daquele circuito “socialista” dos bairros ricos do Rio de Janeiro? Se eu sou contra a riqueza? É claro que não! Pelo contrário, sou um defensor do sistema capitalista e da meritocracia, apesar de reconhecer as falhas que este sistema possui. Sou a favor do sistema que citei, mas defendo a participação direta do Estado além da saúde, educação e segurança. Eu não sou a favor é da hipocrisia, da indecência intelectual, da vigarice moral...

Os vigaristas militantes petistas vivem a derrubar a Rede Globo, exceto quando ela os interessa. Eu repudio a metodologia parcial usada por essa gente.

O Ministério da Cultura no Brasil não foi extinto, não! Ele ainda existe, mas foi fundido. E qual é a diferença de ter nome de ministério ou de secretaria ou seja lá o que for? O importante não é que seja feito algo de importante para a cultura? Veja só, esse tempo todo o Ministério da Cultura teve a alcunha de ministério, e o que foi feito por nossa cultura? Eu digo: nada!

O MinC, esse tempo todo, só fez encher os bolsos dos puxa-sacos do governo petista com produções execráveis. O MinC, esse tempo todo, só encheu os bolsos dos algozes de nossa vã cultura.

Grite, turminha! Acabou a mamata. Procure financiamento privado para suas produções inúteis. Deixe nosso dinheiro em paz!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Tempo é o Senhor da Razão

Muito tem se falado de um golpe em curso no país, quando, uma minoria, avalia o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Vana Rousseff. Evidentemente, é uma forma banal de discussão e uma clara evidência de falta de argumentação. Nem mesmo o senhor advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardoso, que está mais para advogado-geral de Dilma (AGD), conseguiu demonstrar a tal chacota denominada golpe, quem dirá os pobres mortais das redes sociais. Se houvesse um golpe no país, a presidente deveria decretar o estado de defesa (artigo 136 da Constituição) ou o estado de sítio (artigo 137). Por que não os decreta?

Ouvimos muito aquela argumentação falaciosa da presidente de que não se possui nada contra ela pessoalmente e que ela não tem contas no exterior (menção ao presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha) e blá-blá-blá.

Primeiramente, ter conta no exterior não é problema algum, desde que nos rigores da lei (claro, não parece ser o caso de Eduardo Cunha); secundariamente, seria melhor para o país, caso houvesse algo contra ela, a presidente, pessoalmente, como ela disse não haver. Explico.

Caso a presidente em questão tivesse cometido pessoalmente um ato de corrupção, ou estivesse sendo acusada criminalmente (o que também seria grave), não afetaria tanto o país quanto o que ela fez frente à Presidência. Os crimes cometidos por ela, enquanto presidente, afetou o Brasil por décadas que virão. O país foi desclassificado inúmeras vezes por agências de risco, anos serão precisos para restabelecer a confiança do mercado; a Petrobras, empresa que serviu a fins políticos ao PT e seus aliados, precisará de muito tempo para se estabilizar novamente; o país está em uma depressão econômica com recessão de, em média, 4%, ao ano, já há dois anos. Nem a crise de 1929 foi tão feia. Com tudo o que está em curso atualmente, foi gerado desemprego desenfreado, programas sociais cortados, importação e negociações gerais afetadas, dólar alto como quase nunca se viu, juros exorbitantes etc. O que a presidente da República e seus comparsas fizeram à frente do país nos últimos anos – corrupção e má gestão – foi devastador. Portanto, se ela, a presidente, estivesse em processo de impeachment por algo pessoal, seria melhor para o país. O que a senhora Dilma Rousseff fez foi muito mais grave, por exemplo, do que fez Eduardo Cunha, aquele que ela e os petistas vivem esculhambando. Só não o esculhambavam quando ele era aliado. Contudo, não devemos nos apressar em afirmar que não há nada contra Dilma pessoalmente. Aguardemos o desfecho da operação Lava Jato. E quanto a Cunha, que seja feita justiça, caso seja culpado. Não defendo bandido!

Ainda, não é necessário ter algo criminal contra um presidente para que este sofra impeachment. Basta ler os artigos 85 e 86 da Constituição Federal, de 1988, e a Lei do Impeachment (1079), de 1950. O impeachment é um processo jurídico, mas também é um processo político, do contrário não seria o Senado Federal a julgar, mas o STF. Com relação ao campo jurídico, resta evidente, a presidente cometeu, sim!, crimes diversos. Vide os crimes de responsabilidade fiscal – comumente chamados de pedaladas fiscais –, com abertura de créditos suplementares sem as devidas aprovações legislativas, improbidade administrativa etc. Tudo com dolo, diga-se de passagem. Tudo feito sem o conhecimento do Banco Central, do Congresso etc. Claro, era ano eleitoral. Aumentaram-se os gastos públicos em 2013/2014 com fins eleitoreiros sem dinheiro em caixa. Por exemplo, o FIES que possuía orçamento de 5 bilhões, em 2014, passou para 12 bilhões. A eleição foi ganha, e o FIES voltou para 5 bilhões. Com isso, os novos estudantes não puderam renovar seus contratos no ano seguinte. Crueldade monstro! E isto ocorreu com outros diversos programas do governo, e continuou a ocorrer em 2015, já no segundo mandato.

Toda essa fraude tornou o governo ilegítimo, apesar de ter vencido nas urnas. Foi eleito, porém, através de fraude. A parte política do processo de impeachment se dá à medida que a presidente não possui mais apoio para governar, nem do Congresso, nem tampouco das ruas. 71% são a favor de que ela saia, mais gente contra ela que contra o então presidente Collor em 1992, presidente este que o PT ajudou a impichar, mas à época não era golpe. Collor renunciou na última hora. Contudo, seu processo de impeachment se deu por causa de um carro Elba, que, ainda assim, não ficou provado que era alvo de corrupção. Tanto não se provou nada, que ele foi inocentado pelo STF. No governo Dilma, só em pedaladas fiscais (eufemismo para fraudes fiscais) houve um valor estimado em mais de 60 bilhões de reais. Quantas Elbas se compram com este valor?

O PT não assinou a Constituição de 1988, e por isso não aceita o que lá está escrito, então acusa o golpe; o PT foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada no governo FHC, e por isso a burla descaradamente. O TCU nunca, em 80 anos, reprovou as contas de um governo, somente o de Dilma. Se fosse algo pessoal contra o PT, também teria reprovado as contas do governo Lula. Nenhum outro governo cometeu fraude fiscal como ela. Este argumento é retórico.

Quando petistas se referem à Câmara dos Deputados, onde 367 deputados votaram contra a presidente, insultam os parlamentares pelo nível dos deputados que votaram a favor do impeachment. Contudo, a Câmara era boa quando serviu ao governo durante as mais de duas décadas. Quando o apoio findou, a Câmara foi motivo de vexame. Na era Collor, os deputados federais tiveram a mesma postura ao votarem a favor do impeachment, mas lá ninguém falou nada; o Presidente da Câmara da época estava envolvido em corrupção, tanto que o STF, no ano seguinte, o julgou, mas à época ninguém disse nada. Contra Cunha disseram. Não defendo bandido, quem é criminoso que pague, só desmereço o método petista de encarar as coisas.

O PT, nos últimos anos, fez milhões voltarem à pobreza, o que mostra que o que eles fizeram para os pobres não era sustentável, mas apenas assistencialismo com fim eleitoreiro; o PT cortou benefícios sociais por falta de recurso, que se deu por má gestão (como o congelamento de preço de combustível e desconto na energia elétrica) e corrupção; o PT, diferentemente de qualquer outro governante, tornou a corrupção um método de governo; o PT, que sempre acusou o outro de privatizador, fez conluio, como nunca visto, com os maiores empresários e construtoras do país; o PT venceu todas as eleições levantando falsos dossiês contra seus opositores; o PT venceu as eleições de 2014 mentindo aos brasileiros, sobretudo, a seus eleitores. E ainda se diz vítima de um golpe?! E os brasileiros são vítimas de quê?! E ainda diz que a oposição, caso assuma, irá cortar benefícios?! Como assim?! Diz que o governo Temer, caso chegue à frente, não será legítimo?! Quem votou na presidente Dilma, votou no vice-presidente Michel Temer! Os petistas colocaram Temer na cadeira que ele ocupa, e em caso de a presidente ser afastada, ele assume, segundo as regras constitucionais. Temer foi eleito, sim!, e pelos próprios petistas. O congresso que a está tirando, quando a tira, é o povo que a tira, ou o congresso não foi legitimamente eleito pelo povo?

A senhora Dilma foi a única presidente eleita a deixar o governo pior do que o encontrou. Enquanto o mundo cresce, o Brasil envergonha. Enquanto as feministas militantes de plantão defendem uma criminosa fiscal e eleitoral, e acusam preconceito de gênero, a presidente perdeu a chance de ser uma grande governante como sendo a primeira mulher presidente do país. Eu já sabia, conhecendo seu passado. O tempo é o senhor da razão. Agora já era. Caiu!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ambos os Extremismos Anseiam por Ditadura

O Brasil vive um momento perigoso, mas também engraçado, de tão inacreditável.

Os extremismos estão, aos poucos, tomando conta da mente das pessoas. Quando não é alguém defendendo as ideias de Jair Bolsonaro e sua “cura gay”, é outro defendendo Jean Wyllys e sua pauta pela legalização/descriminalização da maconha e do aborto. Como ambos conseguem, com ideias tão chulas, ter tanta audiência, somente a vã mente humana para explicar. O Brasil precisa sair do buraco, e não se preocupar com a sexualidade alheia ou com temas de segundo escalão, como maconha. Nem perseguição aos gays, nem tampouco legalização de maconha ou de aborto levarão a inflação ao patamar desejado, baixarão os juros, criarão empregos, acabarão com a corrupção, ou salvarão a Petrobras.

Enquanto Bolsonaro exaltou, na Câmara, um torturador da ditadura militar, o PSOL exaltou Marighella, criminoso do lado oposto. Nenhum destes lados anseia por democracia, mas por ditaduras, um, de direita, e o outro, do proletariado. Nenhum lado está correto do ponto de vista democrático.

Durante os 21 anos de ditadura militar no Brasil, quem lutou verdadeiramente por democracia, e me limito a políticos, foram Ulysses Guimarães, Franco Montoro e José Serra, para citar alguns. Pessoas como Dilma Rousseff, Lamarca, Marighella, entre outros da mesma estirpe – e que pertenciam a grupos terroristas, como Var-Palmares, VPR, ALN, entre outros –, lutavam, sim, por outra ditadura, de viés soviético, cubano e chinês. Não existe a Lei de Newton aqui, caro leitor. Digo isto porque o argumento para defender a luta armada de grupos que lutavam contra a ditadura é sempre o mesmo: uma reação ao que a ditadura causou. Primeiramente, não há, em nenhum documento desses grupos, uma única palavra em defesa da democracia como a entendemos; secundariamente, esses grupos terroristas matavam gente inocente, sim!, e não apenas militares. Cito apenas alguns: o jornalista Edson Régis de Carvalho – PE (conhecida explosão no aeroporto de Guararapes); o fazendeiro José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – SP (torturado pela turma de Marighella); e o bancário Osíris Motta Marcondes – SP (morto no assalto ao banco Mercantil do qual era gerente). Poderia citar mais dezenas de nomes. Todos os casos que citei acima são somente antes do AI-5.

Portanto, reitero, a luta armada durante a ditadura militar brasileira não objetivava, em seu programa político, a democracia. Isto já foi assumido por pessoas que pertenceram a tais grupos, como Fernando Gabeira. Ainda assim, para confirmar ainda mais minha escrita, basta que se pergunte aos defensores de grupos terroristas o que eles pensam a respeito dos presos políticos da Venezuela, por exemplo, encarcerados há anos, diga-se de passagem. Os esquerdistas infantis, como afirmava Lenin, pararam sua cabeça no século XIX, época em que existiam burguês e proletário.

Desta forma, se você, caro leitor, é a favor de democracia, deve tomar cuidado com os extremos que vêm tomando conta da pauta cotidiana.

Para encerrar, devo dizer, já que citei a senhora Dilma Rousseff – a qual pertenceu a grupo terrorista que defendia ditadura oposta a dos militares –, que ela, entre outros petistas, só “aceitam” a democracia porque não há outro jeito de se viver atualmente. Mas em seu peito ainda soa uma centralização de poder. Para comprovar isto, basta que analisemos como ela vem encarando seu impeachment, o qual vive chamando de golpe. Somente é golpe para quem não aceita a Constituição, a qual, por sua vez, rege nossa democracia. O PT, em 1988, não homologou esta Constituição. Desta maneira, fica claro o porquê de se encarar o impeachment como golpe. O PT não aceita a Constituição, o PT não aceita a democracia!

Antíteses em Prol do Equilíbrio

Nenhum ser humano é igual a outro. Seus anseios, desejos, sonhos..., diferem-se em algum momento ou nível. Entretanto, pode-se, penso eu, igualar, de forma genérica, ao menos uma característica, e para que esta fique clara devo expô-la de forma dissertativa, porém, não prolixa.

É somente diante da dor, seja ela qual for e em que nível for – pois não se pode, segundo minha própria concepção, julgar qual dor é importante ou não, já que cada um conhece seus limites –, que o homem repensa, verdadeiramente, seus passos; diante da dor, o homem reconsidera posturas e formas de enxergar a vida e de lidar com ela e com as pessoas, sobretudo, de seu entorno.

É bem verdade que a maior parte das pessoas, e isto não é científico, adquire mudanças curtas e passageiras, e quando a dor passa, a vida volta à sua normalidade. De qualquer forma, seguramente há um percentual que enxerga, com clareza, as mudanças a que se deve se submeter de fato e de forma sustentável.

Pessoas mais abertas e demasiadamente felizes podem repensar a importância de serem um pouco mais reflexivas e introspectivas. Por outro lado, pessoas exageradamente reflexivas e introspectivas poder-se-iam ser um pouco mais felizes e abertas ao mundo, apesar de a felicidade existir na introspecção. E, com efeito, como afirma uma pessoa querida, deitar na grama de uma praça sob o sol e olhar para o nada faz bem à saúde, assim, como afirma este escritor, faz bem à saúde também um bom filme num quarto fechado.

Gostando ou não destas antíteses, devemos admitir que o que torna uma vida mais equilibrada certamente é a união entre reflexão e socialização, entre um quarto fechado e uma praça aberta, entre o aconchego do lar e uma viagem pelo desconhecido.

Uma vida se torna mais feliz quando amamos e somos amados; quando somos mimados na carência e mimamos na carência de quem amamos; quando, na dor e na saúde, somos acolhidos, e acolhemos a dor e a saúde de quem nos é caro; quando, enfim, temos nossas vontades atendidas, mas que também atendemos a vontade de quem amamos.



domingo, 3 de abril de 2016

Felicidade Pós-Moderna - Uma Busca Incessante pelo Nada

O conceito pós-moderno de felicidade é a principal razão de haver tanta infelicidade pairando sobre as pessoas. E, de início, já faço uma sugestão literária: “Modernidade Líquida”, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Na obra, o autor aborda questões essenciais, como hedonismo, individualismo, socialização, entre outras.

A escravidão que nos traz a busca incessante por aquilo que se acredita ser prazer destrói qualquer tentativa da busca por uma felicidade saudável. Deste modo, procuro na contradição da referência ao período helenístico, sobretudo com Epicuro, a solução para esta escravidão, isto é, é mais provável alcançar a felicidade impondo limite ao prazer, do que o contrário. O exímio Arthur Schopenhauer nos ensinava, já no século XIX, que o desejo traz duas humilhações: a primeira é a de não conseguir realizá-lo, e a segunda, e pior, a de realizá-lo, pois quando se realiza, não é mais aquilo que se queria.

Há, ainda, outro aspecto importante para se pensar felicidade, e este é o sofrimento. Aquele que tem consciência da finitude humana, ou seja, de sua própria finitude, caminhará seu destino de forma menos superficial, fazendo com que sua travessia pelo rio da desilusão seja mais serena.

Abordo, por último, a tentativa ininterrupta de fuga daquilo que kierkegaard chamava de angústia como sendo o centro da alma humana.

1- Estágio Estético: pensar ser possível escapar da angústia sentindo coisas, isto é, comer, beber, comprar etc. Segundo kierkegaard, não funciona, pois uma hora não faz mais efeito, e você cairá na angústia;

2- Estágio Ético: achar-se uma pessoa ética e boa; pensar que se você for uma pessoa ética, encontrará a felicidade, mas, como dizia o pensador, não funciona, e cairá na hipocrisia;

3- Religioso: imaginar que fugirá da angústia seguindo uma doutrina religiosa pura e simplesmente. Dizia também não funcionar, pois, à medida que isto acontecer, você virará aquilo que, na discussão teológica contemporânea no debate do judaísmo, chama-se judaísmo behaviorista, isto é, realizar as coisas somente porque a lei manda, sem envolver o coração. Assim, você viverá de acordo com a doutrina, mas a angústia o comerá internamente.

Para encerrar, faço uma citação à obra de Dostoiévski, “O Sonho de um Homem Ridículo”, na qual a personagem, um homem deprimido, só conseguiu sair do estágio de tristeza ao reconhecer as imperfeições do mundo, e este ponto é frontal contra a tirania contemporânea da felicidade, pois a hipótese da tirania diz que se você for certinho e não participar das desgraças do mundo, então assim será feliz. O homem ridículo, em contrapartida, só foi feliz quando descobriu a desordem.

Por fim, o amor só vive onde existe infelicidade.

domingo, 6 de março de 2016

Organização Criminosa

Eu sempre soube que o PT é, na verdade, uma organização criminosa travestida de partido político. Fazer oposição ao PT hoje é fácil, diante de tudo o que tem vindo à tona. Ainda assim, esta organização criminosa consegue convencer grande parte das pessoas de que todos são iguais a ela. Petistas vivem dizendo que o PT não inventou a corrupção. O que significa isto, se não uma fortuita admissão de culpa?

Em alguns anos no poder, veja a lista de pessoas do alto escalão presas do “Partido” dos “Trabalhadores”:

Delcídio do Amaral (senador e ex-líder do governo – PT-MS)
José Genoino (ex-presidente do PT)
José Dirceu – condenado duas vezes (ex-ministro da Casa Civil – PT)
Antonio Palocci (ex-ministro da Casa Civil – PT)
Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT)
João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT)
João Paulo Cunha (ex-deputado federal PT-SP)
André Luiz Vargas Ilário (ex-deputado federal PT-PR)
João Daniel (deputado federal PT-SE, cassado)

Será que todos os partidos políticos têm este histórico mesmo? É claro que não! O PT não teve condenado um vereador da cidade de Xurupita, não – o que, claro!, já seria grave. – Estamos falando de presidente de partido, ministro de Casa Civil – cargo mais importante depois do presidente da República –, estamos falando de tesoureiro, falamos, atenção!, de senador em vigência!

Por que políticos de outros partidos não são investigados como Lula finalmente parece que está sendo? Os outros foram, sim! Aécio foi; Anastasia, entre outros, foi. Sabe o que houve? Foi tudo arquivado por inconsistência. É claro que qualquer acusação fica insustentável quando alguém diz que viu alguém levar dinheiro a alguém que parece com alguém. Foi exatamente o que houve com Anastasia. Todas essas investidas de incluir nome da oposição nos processos foi uma tentativa desesperada de tentar convencer a sociedade de que todos são iguais a eles. Não são, não! Aquele que sempre tentou convencer ser diferente, hoje tenta convencer ser igual aos outros.

O PT não inventou a corrupção, de fato, mas a tornou método de governo. Outros partidos podem até ter membros corruptos, como há em qualquer profissão, e estes membros devem, sim, ser punidos! Mas no caso do PT, o partido, como ente jurídico, é corrupto em si. O que foram o mensalão e o petrolão, afinal? Se houve tanta corrupção no governo FHC como eles dizem ter havido, por que então não trouxeram tudo à tona a partir de 2003? Se houvesse o que eles dizem que houve de corrupção nos anos de 1990 todos saberiam, pois o PT fez oposição ferrenha ao PSDB. O PT não deixou FHC governar em paz em nenhum momento. Inclusive votou contra as principais medidas que ajudaram o país a sair do buraco. Pediram o impeachment até mesmo, veja só!, de Itamar Franco. É possível? E eu digo isso com total impessoalidade, pois nem sequer sou filiado ou militante de partido A ou B.

O PT é conhecido por tentar jogar sujo com quem pensa diferente dele, e seus militantes não são distintos. Já criaram inúmeros dossiês falsos para tentar jogar a oposição na vala, ou o que foi o Dossiê dos Aloprados, de Aloizio Mercadante?

Portanto, caro leitor, não caia no jogo sujo dessa organização criminosa chamada de Partido dos Trabalhadores. Atualmente, como esse bando de criminosos não tem mais nada a perder, pois já perdeu tudo o que tinha, há uma tentativa de levar todo mundo junto. Nem todos os políticos são como José Dirceu, José Genoino, Lula entre outros. Nenhum partido é como o PT: corrupto, ineficiente e criminoso.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sexo, drogas e... música ruim

Parece inútil tentar refutar esse Carnaval contemporâneo que tomou conta de nossa cidade, São Paulo, e até de nosso país. Qualquer cidadão que tentar esta proeza será condenado de pronto. Os jornais (impressos, televisivos etc.) não se cansam dos velhos elogios: “Ô, povo brasileiro, que coisa linda”, “Essa é a cultura do povo brasileiro”, “Povo brasileiro, mostre ao mundo sua beleza”, e blá blá blá! Neste contexto, é muito delicado tentar uma posição adversa.

Não vou aqui também ser demagógico e dizer coisas do tipo: “Quais motivos têm as pessoas para se divertirem, enquanto o país vive uma crise catastrófica?”, ou “Por que não investir esse dinheiro na saúde?” ou ainda “Para Carnaval as pessoas têm dinheiro e disposição...”, e blá blá blá. Uma coisa nada tem a ver com a outra, saúde é saúde, educação é educação e cultura é cultura. Cada orçamento em seu devido lugar. Por outro lado, é claro e evidente que há algumas exceções. Aqui na subprefeitura do Butantã, São Paulo, por exemplo, o orçamento para a cultura sempre foi irrisório, ao ponto de os oficineiros da Casa de Cultura, que por anos foi subordinada a esta subprefeitura, terem de lecionar voluntariamente. Contudo, em épocas de Carnaval, as festas sempre foram fartas. Independentemente de patrocínios mil ou subsídio de secretarias, caso haja mesmo, a questão é de princípio.

O que o Brasil tem de melhor no âmbito cultural artístico é o multiculturalismo, do Oiapoque ao Chuí. Mil Brasis em apenas um.

Obviamente, o Carnaval, já praticado há tantos séculos, está dentro deste multiculturalismo. Deste modo, minha crítica é em relação ao entorpecimento moral causado pela concepção de Carnaval contemporânea, ao menos em alguns municípios deste imenso Brasil. Isto já podia ser visto nas pistas fechadas destinadas somente a gente “seleta”, ou seja, quem pode pagar se diverte, quem não pode, assiste de casa. Qual seria a saída? Blocos de rua. Entretanto, o cidadão de hoje não é mais o cidadão de setenta anos atrás. E qual então é o resultado da proeza do Estado? Sexo, drogas e... música ruim! Ao menos quando o tríduo era com o rock’n’roll, podíamos nos deleitar com Beatles, Stones, Os Mutantes etc. E por mais que alguns critiquem tal gênero, seria grande burrice igualar uma destas bandas a Wesley Safadão (que vergonha ter de citar este sujeito), Claudia Leitte, entre outros. Mas o lixo moral não está só na Bahia, lugar onde os supracitados se apresentaram agora em 2016, aqui no sudeste a coisa anda de mal a pior. Veja São Paulo, por exemplo, onde os tais bloquinhos da Vila Madalena são pautados por bebidas alcoólicas, libertinagem excessiva, entre outras desgraças amparadas por dirigentes que levam mérito destruindo a imagem daquilo que um dia foi Carnaval. Parece-me que as pessoas pensam que só pelo Carnaval ser nas ruas tudo vale. “Ah, essas pessoas são minoria, Diego!” Para esta assertiva cito Gregório de Matos: “O todo sem a parte não é todo,/ A parte sem o todo não é parte,/ Mas se a parte o faz todo, sendo parte,/ Não se diga, que é parte, sendo todo.”

Tão grave quanto esta situação vergonhosa e devastadora, é ver colunistas de renome elogiarem a postura da prefeitura por esta “fazer” algo pelo povo. Fazer o quê? Colocar um amontoado de pessoas no cio umas sobre as outras? Fazer um bando de gente se deleitar com respaldo de música ruim e cachaça? Tudo bem, você, que está lendo este artigo agora, se coloca fora deste grupo de palermas, não é? Parabéns a você, é por isso que a exceção faz a regra. Ainda assim, peço que releia Gregório de Matos. Olhe o nível dos homens que vão para os tais ditos carnavais de rua: 61% deles acham que mulher que vai pular carnaval não pode reclamar de cantada; 49% acham que mulher “direita” não deve ir a carnavais. Mais de 15% dos jovens, maioria nesses carnavais, estão desempregados. Talvez quando tiverem uma ocupação verdadeira, perceberão que a vida é mais que festas e “liberdade”.

Os militantes petistas atribuem a Fernando Haddad o crédito pelos blocos de rua, e não percebem que isso, na verdade, é um descrédito. Mas ainda assim estão errados. O prefeito da maior cidade do país não criou nada! Na era Serra essa palhaçada já existia, o que Haddad fez foi aumentar a orgia. Haddad não nega ser petista, à medida que nada cria, só se apropria das ideias alheias. Não quero dizer com isso para acabar com o Carnaval brasileiro. Ainda existe bom Carnaval, veja Olinda e seu frevo, que, até onde imagino, mantém sua tradição. Também não é minha intenção sugerir acabar com quaisquer festas. Minha crítica é somente uma provocação ao entorpecimento moral, pautado por música ruim e posturas primitivas, que alguns carnavais levam seu povo a praticar. (Quando digo “música ruim”, aviso aos nacionalistas que não é porque é samba que a coisa é boa. O samba é um ritmo e não um gênero musical.) A questão da música é ainda mais séria, ela é ruim Brasil afora, ao menos na grande mídia, independentemente de carnavais existirem ou não.

Para esses carnavais desregrados que citei serem um pouco melhores, seriam necessárias muitas e muitas e muitas regras. E quando estas regras chegarem, os blocos ficarão vazios, sabe por quê? Porque o povo não quer regras!