domingo, 22 de maio de 2016

A Tese Racialista dos Picaretas

A presidente afastada, Dilma Rousseff, em entrevista a um jornalista militante norte-americano, afirmou, quando fez duras críticas à falta de negros nos ministérios de Michel Temer, que mais da metade da população brasileira é afrodescendente. E por este motivo, segundo a dona Afastada, Temer cometeu um disparate em não colocar negros em seus ministérios. Dá até preguiça, mas vamos lá.

Depende do que se queira dizer com afrodescendência, senhora presidente afastada. Que não seja branco puro, sim. Agora, negros no Brasil, de fato, são 7% da população; os brancos estão acima dos 45%; e os demais são mestiços, das mais variadas formas de mestiçagens, nos mais variados graus, ou, como o IBGE costuma definir de forma horrorosa, pardos. Até porque um mestiço é tão negro quanto branco, ou não? O filho de um pai negro com uma mãe branca é negro ou branco? A militância quer que seja negro. Mas ele é negro? Por que também não é branco? Por que um filho de negro com branco já o torna negro? Então um pingo de sangue negro já torna o homem negro? Isto é para o bem ou para o mal?, pois esta tese era nazista. Os nazistas tinham, inclusive, uma tabela para saber quando foi que uma família tinha tido sangue judeu, até eles considerarem a depuração total. Portanto, é preciso tomar cuidado com tais teses. Nem vou entrar no mérito da divisão racial ridícula que alguns filósofos trouxeram às Ciências Sociais no século XIX – talvez até baseados em interpretação esdrúxula de diálogos de Platão –, e que muitos tontos, desde então, dão seu apoio, como Adolf Hitler.

Se formos usar o critério de afrodescendência da senhora Afastada e de todos seus seguidores barulhentos, então podemos usar como exemplo o atual ministro da Educação, Mendonça Filho. Este, segundo os critérios racialistas – sobretudo, de afrodescendência –, é negro.

Na hora de criticar a falta de negros nos ministérios do novo governo, só vale preto retinto, mas na hora de considerar a maioria do Brasil formada por afrodescendentes, aí vale uma gota de sangue. Bando de picaretas.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O PT faz jus a uma das teses de Einstein

Quando pessoas favoráveis aos governos petistas vão tentar defender seus heróis, tentam logo vomitar os avanços sociais. Vamos lá.

Primeiramente, não faz sentido comparar os governos petistas aos governos dos anos 90, pois a situação era totalmente diferente. A partir da redemocratização do Brasil, que se deu na pós-ditadura, a situação econômica do país era gravíssima, e só foi estabilizada a partir do governo Itamar Franco, com medidas como o Plano Real, o qual foi assinado por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda.

Após os dois anos de mandato de Itamar Franco, FHC, eleito no primeiro turno, deu continuidade ao governo de estabilização. Nesta época, não havia recursos para fazer grandes coisas, em decorrência da situação devastadora, que vinha aos poucos sendo controlada. Ainda assim, houve espaço para se criar, no âmbito social, alguns programas, como o Bolsa Escola, Vale Gás, entre outros. Durante seus oito anos de mandato, houve altos e baixos. Por toda a década de 1990, o país não poderia correr o risco de tentar uma expansão de crescimento, pois a inflação e os juros poderiam se descontrolar novamente, de tão grave que fora a situação nos anos anteriores. Algumas tentativas foram feitas, mas percebeu-se logo que ainda não era a hora. Tudo fora feito com bastante cautela. Qualquer deslize, e o país voltaria à estaca zero. Deve-se levar em conta que FHC levou a inflação do país, que no início de 1990 era de quase 1000% ao ano, a 12% até o fim de seu mandato, tendo, neste meio tempo, deixado muitas vezes abaixo da meta. É óbvio que 12%, com uma meta de 6%, é ruim, mas ele a pegou com quase 1000%. Portanto, a retórica falaciosa dos petistas quando estes dizem que a inflação era maior no governo pesdbista, é uma tolice desmedida.

Desta forma, a partir dos anos 2000, e com o crescimento mundial, sobretudo o chinês, e com o Brasil já bem mais estabilizado – apesar de ainda não estar do jeito que poderia –, Lula, à frente da Presidência, fez nova tentativa de expansão de crescimento, e com a ajuda dos países mundo afora que vinham num crescendo, o Brasil também conseguiu crescer. Mas veja só, caro leitor, a fórmula de crescimento que Lula adotou: liberar crédito para consumo. Não é preciso ser economista para saber que isto, sem um apoio estrutural por trás, uma hora dá errado. Afinal de contas, não poderia mesmo ser tão fácil assim fazer o país crescer. Não existe mágica.

Pois bem, o país cresceu, houve festa, todo mundo passou a comprar e comprar. Os carros poderiam ser pagos em 60 meses, o país vivia um sonho. E enquanto isso, muitos especialistas alertavam que este sonho teria um fim trágico.

Veio à luz o mensalão, o que facilmente poderia ter impichado o então presidente Lula. Porém, como o impeachment não é um processo somente jurídico, mas é principalmente político (do contrário, seria o STF a julgar, e não o Senado Federal), Lula se manteve intacto, pois apesar da gravíssima corrupção cometida em seu governo, ele tinha o apoio do Congresso e da sociedade, a qual o responsabilizava pelo crescimento do país. Crescimento este ilusório, e somente possível pela estabilização de Itamar e FHC.

Lula brincou de ser presidente, brincou de fazer o país crescer, mas tinha boa retórica, e conseguiu enganar os mais tolos e fanáticos. Se apropriou dos programas sociais anteriores, mudou seus nomes, unindo-os no Bolsa Família, e o chamou de seu. Fez o programa crescer absurdamente, inflando o caixa do Tesouro. Sem porta de saída, o Bolsa Família só acumulava pessoas, e nunca as dava independência financeira. Neste momento, ficou clara a intenção maquiavélica assistencialista e eleitoreira do PT, assim como nas ditaduras bolivarianas que ele defende.

Os militantes petistas afirmam que Lula tirou milhões da pobreza. Pois bem, na prática não é o que se vê, nem nunca foi. A propaganda petista sempre foi muito forte, e os menos informados sempre abraçaram. Veja onde está seu marqueteiro agora: na cadeia. Veja onde estão seus principais nomes: na cadeia. O PT sempre jogou com os números para inglês ver. Mudou as classificações das classes sociais aqui, manipulou o IBGE ali etc. E tudo parecia as mil maravilhas. Nas eleições seguintes, o PT vivia difamando seus opositores frente à sociedade. Dizia que a oposição, caso voltasse, acabaria com os programas sociais, os quais a própria oposição criou; dizia que a oposição privatizaria estatais; que a oposição significava retrocesso, mesmo sendo ela a tirar o país do buraco nos anos 90, com medidas que o PT sempre se pôs contra, como o Plano Real (maior programa social das últimas décadas), a Lei de Responsabilidade Fiscal (que ele a burlou descaradamente nos últimos anos) etc.

Tente encontrar, caro leitor, algum discurso de José Serra, nas eleições de 2002, que difamasse seu opositor, o Lula; tente encontrar algum discurso que dizia que Lula, caso entrasse, acabaria com a estabilização, com os programas sociais do senhor Fernando Henrique Cardoso e sua esposa, a senhora Ruth Cardoso; tente encontrar algum discurso na campanha de Serra que tenha usado o pobre como marketing eleitoreiro. Não encontrará. O pobre só passou a ser usado e abusado na era petista.

Contudo, e diante das tantas acusações injustas que o PT fazia à oposição nas eleições seguintes, pouca gente percebia que, enquanto Lula vociferava tais asneiras, era ele quem estava privatizando todas as rodovias, aeroportos e hidrelétricas possíveis; enquanto Lula acusava a oposição de bandida, era ele, junto com seu partido e aliados, quem estava praticando o mensalão, maior crime de corrupção até então; enquanto o PT afirmava ser ele a única salvação do planeta, estava se aliando com quem sempre desprezou: o PP, por exemplo.

O tempo passou, chegou 2016, e o PT agora estava com Dilma à frente da Presidência. Aqueles especialistas lá atrás no começo deste artigo, lembra-se, leitor?, sobre os quais afirmei que alertavam a previsível catástrofe que aquele falso crescimento daria? Pois bem, o mundo sofreu uma grande crise em 2008, e o Brasil, que só vivia no verão, caiu junto. Mas a diferença é que, dois anos depois, todos os países do mundo já estavam crescendo novamente – com exceção de um ou outro, como a Grécia –, e o Brasil afundando cada vez mais. E por quê? Por causa daquele falso crescimento que aqueles especialistas que citei afirmaram lá atrás. Percebeu-se que aquele crescimento não era sustentável, mas apenas ineficiência, mau-caratismo e demagogia. E mesmo se a crise de 2008 não tivesse acontecido, no Brasil ela chegaria, diante da má gestão petista aqui dentro.

Aqueles pobres que o PT sempre dizia ter tirado da pobreza, voltou a ela, e por quê? Porque aquela informação não era verdadeira. Hoje, há mais de 11 milhões de desempregados no país; empresas fechando suas portas todos os dias; déficit nas contas públicas que chegam a R$ 120 bilhões até o momento, mais que o PIB de muitos países mundo afora; inacreditavelmente, atenção!, mais um devastador e absurdo caso de corrupção veio à luz, e desta vez maior que qualquer outro da história do mundo: o petrolão, praticado de novo pelo PT e aliados, com muitas personagens em comum com o mensalão. Inacreditável!

Não podemos nos esquecer, ainda, todos os imensos cortes nos programas sociais. Sim!, aqueles cortes que o PT vivia dizendo que a oposição faria. Foram quedas de até 87%. O orçamento para a construção de creches passou de R$ 4,2 bilhões para R$ 502 milhões; o programa Minha Casa Minha Vida perdeu 74% das verbas; no Pronatec, a diminuição foi de 59%; programas de saúde, como o combate ao crack, teve queda superior a 20%; entre muitos outros.

Por conseguinte, toda a estabilidade construída a tanto custo e que levou mais de uma década para acontecer, o PT destruiu com falsas ilusões, e deixou os brasileiros a verem navios, enquanto seus pares enriqueceram.

Mas ainda assim, o PT continua a acusar a oposição de ameaçar cortar benefícios sociais; continua a vociferar mundo afora que é vítima de um golpe; continua a acusar a oposição de conspiração; continua a dizer que somente seu governo é legítimo e única salvação dos pobres e oprimidos.

O pobre, senhores petistas, foram oprimidos com o desemprego que assola nosso país; o pobre foi oprimido com os cortes orçamentários que seu partido fez; o pobre foi oprimido com a falsa ilusão de melhora de vida que seu partido semeou; o pobre foi oprimido com a falsa ilusão que teve de seu partido ao vê-lo como exemplo ético. Então, por favor, não faça comparações esdrúxulas. Se houve certo índice de desemprego, inflação e juros altos no governo FHC, foi mediante a herança maldita do fim dos anos 80. Qual herança maldita Dilma pegou? Só se foi de Lula, seu antecessor.

Diferentemente da era do mensalão, na qual, apesar do roubo escancarado, Lula ainda – não se sabe como – tinha o apoio da sociedade e do Congresso, e, portanto, não houve possibilidade de impeachment, com Dilma Rousseff foi diferente. Ela não tem mais o apoio de ninguém. E a união entre crime, crise e falta de apoio geral termina no... impeachment.

Atualmente, o PT não passa de um zumbi que vive a assolar os vivos. O PT não aprende nada nem esquece nada, e por isso vive a repetir as mesmas retóricas cansativas de sempre. O PT é a personagem que Einstein descreveu quando tratou da loucura: usa sempre os mesmos métodos esperando obter resultados diferentes. O PT é, por fim, uma vergonha, além de ser também o mal do país.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os Algozes Delinquentes da Cultura

O MinC (Ministério da Cultura) foi criado pelo fascista Benito Mussolini com o nome de Ministero della Cultura Popolare (Ministério da Cultura Popular, MinCulPop), e tinha a tarefa de controle sobre a cultura e organização da propaganda do Fascismo.

Onde pretendo chegar com estas informações? Antes de se chamar Ministério da Cultura Popular, o tal ministério se chamava Ministério da Imprensa e Propaganda, o qual tinha como ministro o genro de Mussolini, Galeazzo Ciano. Apesar da mudança de nome, a função foi a mesma: fazer propaganda do governo fascista.

Em 1985, o então presidente do Brasil, José Sarney, resolveu criar seu Ministério da Cultura, baseado, não em Mussolini, mas na França, a qual instituiu o mesmo ministério em 1959, através do então presidente Charles de Gaulle. Contudo, Sarney talvez não conhecesse o histórico do chamado Ministério da Cultura e sua intenção única de fazer sempre, em primeiro lugar, a propaganda do governo vigente, o qual sempre fingiu falar de cultura.

É fato que assim tem sido feito no decorrer dos anos, e isto ficou muito mais claro nos governos petistas, e por isso a grita toda em decorrência da fusão da cultura com a educação. Pessoalmente, não penso que a fusão tenha sido mesmo saudável, pois para mim, o MinC tinha de acabar. Ele só serve para gastar o dinheiro do Tesouro – isto é, nosso dinheiro – com a propaganda do governo, através de produções, a maior parte das vezes, sem um mínimo de qualidade. O critério para se apoiar uma produção nunca é a qualidade, mas sempre a doutrina implícita. Vide os defensores da “cultura” que vociferam contra o governo Michel Temer em Cannes, no lançamento do filme "Aquarius" (2016): Maeve Jinkings, Sonia Braga, Carla Ribas, Kleber Mendonça Filho e Humberto Carrão. Cite para mim algumas produções artísticas destes fanfarrões, por favor! Eles não defendem a cultura, e é isto que me incomoda, eles defendem, sim, um governo corrupto (o governo petista). Esta é a real razão da grita toda. A cultura é só um pretexto, pois desta forma se chama mais a atenção dos ignorantes. Veja só, é preciso travestir a manifestação a favor de Dilma, de cultura. Nem eles mesmos têm a coragem aberta de assumir que defendem o PT.

É fácil falar em nome dos pobres e oprimidos, falar em nome do povo, de cima de uma cobertura luxuosa no Leblon. Esses vigaristas pegam seu salário na Rede Globo, e vociferam contra o capitalismo. Qual é a importância, no ramo cultural, das pessoas que citei acima? O que essas pessoas produziram? Onde elas são conhecidas, além daquele circuito “socialista” dos bairros ricos do Rio de Janeiro? Se eu sou contra a riqueza? É claro que não! Pelo contrário, sou um defensor do sistema capitalista e da meritocracia, apesar de reconhecer as falhas que este sistema possui. Sou a favor do sistema que citei, mas defendo a participação direta do Estado além da saúde, educação e segurança. Eu não sou a favor é da hipocrisia, da indecência intelectual, da vigarice moral...

Os vigaristas militantes petistas vivem a derrubar a Rede Globo, exceto quando ela os interessa. Eu repudio a metodologia parcial usada por essa gente.

O Ministério da Cultura no Brasil não foi extinto, não! Ele ainda existe, mas foi fundido. E qual é a diferença de ter nome de ministério ou de secretaria ou seja lá o que for? O importante não é que seja feito algo de importante para a cultura? Veja só, esse tempo todo o Ministério da Cultura teve a alcunha de ministério, e o que foi feito por nossa cultura? Eu digo: nada!

O MinC, esse tempo todo, só fez encher os bolsos dos puxa-sacos do governo petista com produções execráveis. O MinC, esse tempo todo, só encheu os bolsos dos algozes de nossa vã cultura.

Grite, turminha! Acabou a mamata. Procure financiamento privado para suas produções inúteis. Deixe nosso dinheiro em paz!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Tempo é o Senhor da Razão

Muito tem se falado de um golpe em curso no país, quando, uma minoria, avalia o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Vana Rousseff. Evidentemente, é uma forma banal de discussão e uma clara evidência de falta de argumentação. Nem mesmo o senhor advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardoso, que está mais para advogado-geral de Dilma (AGD), conseguiu demonstrar a tal chacota denominada golpe, quem dirá os pobres mortais das redes sociais. Se houvesse um golpe no país, a presidente deveria decretar o estado de defesa (artigo 136 da Constituição) ou o estado de sítio (artigo 137). Por que não os decreta?

Ouvimos muito aquela argumentação falaciosa da presidente de que não se possui nada contra ela pessoalmente e que ela não tem contas no exterior (menção ao presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha) e blá-blá-blá.

Primeiramente, ter conta no exterior não é problema algum, desde que nos rigores da lei (claro, não parece ser o caso de Eduardo Cunha); secundariamente, seria melhor para o país, caso houvesse algo contra ela, a presidente, pessoalmente, como ela disse não haver. Explico.

Caso a presidente em questão tivesse cometido pessoalmente um ato de corrupção, ou estivesse sendo acusada criminalmente (o que também seria grave), não afetaria tanto o país quanto o que ela fez frente à Presidência. Os crimes cometidos por ela, enquanto presidente, afetou o Brasil por décadas que virão. O país foi desclassificado inúmeras vezes por agências de risco, anos serão precisos para restabelecer a confiança do mercado; a Petrobras, empresa que serviu a fins políticos ao PT e seus aliados, precisará de muito tempo para se estabilizar novamente; o país está em uma depressão econômica com recessão de, em média, 4%, ao ano, já há dois anos. Nem a crise de 1929 foi tão feia. Com tudo o que está em curso atualmente, foi gerado desemprego desenfreado, programas sociais cortados, importação e negociações gerais afetadas, dólar alto como quase nunca se viu, juros exorbitantes etc. O que a presidente da República e seus comparsas fizeram à frente do país nos últimos anos – corrupção e má gestão – foi devastador. Portanto, se ela, a presidente, estivesse em processo de impeachment por algo pessoal, seria melhor para o país. O que a senhora Dilma Rousseff fez foi muito mais grave, por exemplo, do que fez Eduardo Cunha, aquele que ela e os petistas vivem esculhambando. Só não o esculhambavam quando ele era aliado. Contudo, não devemos nos apressar em afirmar que não há nada contra Dilma pessoalmente. Aguardemos o desfecho da operação Lava Jato. E quanto a Cunha, que seja feita justiça, caso seja culpado. Não defendo bandido!

Ainda, não é necessário ter algo criminal contra um presidente para que este sofra impeachment. Basta ler os artigos 85 e 86 da Constituição Federal, de 1988, e a Lei do Impeachment (1079), de 1950. O impeachment é um processo jurídico, mas também é um processo político, do contrário não seria o Senado Federal a julgar, mas o STF. Com relação ao campo jurídico, resta evidente, a presidente cometeu, sim!, crimes diversos. Vide os crimes de responsabilidade fiscal – comumente chamados de pedaladas fiscais –, com abertura de créditos suplementares sem as devidas aprovações legislativas, improbidade administrativa etc. Tudo com dolo, diga-se de passagem. Tudo feito sem o conhecimento do Banco Central, do Congresso etc. Claro, era ano eleitoral. Aumentaram-se os gastos públicos em 2013/2014 com fins eleitoreiros sem dinheiro em caixa. Por exemplo, o FIES que possuía orçamento de 5 bilhões, em 2014, passou para 12 bilhões. A eleição foi ganha, e o FIES voltou para 5 bilhões. Com isso, os novos estudantes não puderam renovar seus contratos no ano seguinte. Crueldade monstro! E isto ocorreu com outros diversos programas do governo, e continuou a ocorrer em 2015, já no segundo mandato.

Toda essa fraude tornou o governo ilegítimo, apesar de ter vencido nas urnas. Foi eleito, porém, através de fraude. A parte política do processo de impeachment se dá à medida que a presidente não possui mais apoio para governar, nem do Congresso, nem tampouco das ruas. 71% são a favor de que ela saia, mais gente contra ela que contra o então presidente Collor em 1992, presidente este que o PT ajudou a impichar, mas à época não era golpe. Collor renunciou na última hora. Contudo, seu processo de impeachment se deu por causa de um carro Elba, que, ainda assim, não ficou provado que era alvo de corrupção. Tanto não se provou nada, que ele foi inocentado pelo STF. No governo Dilma, só em pedaladas fiscais (eufemismo para fraudes fiscais) houve um valor estimado em mais de 60 bilhões de reais. Quantas Elbas se compram com este valor?

O PT não assinou a Constituição de 1988, e por isso não aceita o que lá está escrito, então acusa o golpe; o PT foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada no governo FHC, e por isso a burla descaradamente. O TCU nunca, em 80 anos, reprovou as contas de um governo, somente o de Dilma. Se fosse algo pessoal contra o PT, também teria reprovado as contas do governo Lula. Nenhum outro governo cometeu fraude fiscal como ela. Este argumento é retórico.

Quando petistas se referem à Câmara dos Deputados, onde 367 deputados votaram contra a presidente, insultam os parlamentares pelo nível dos deputados que votaram a favor do impeachment. Contudo, a Câmara era boa quando serviu ao governo durante as mais de duas décadas. Quando o apoio findou, a Câmara foi motivo de vexame. Na era Collor, os deputados federais tiveram a mesma postura ao votarem a favor do impeachment, mas lá ninguém falou nada; o Presidente da Câmara da época estava envolvido em corrupção, tanto que o STF, no ano seguinte, o julgou, mas à época ninguém disse nada. Contra Cunha disseram. Não defendo bandido, quem é criminoso que pague, só desmereço o método petista de encarar as coisas.

O PT, nos últimos anos, fez milhões voltarem à pobreza, o que mostra que o que eles fizeram para os pobres não era sustentável, mas apenas assistencialismo com fim eleitoreiro; o PT cortou benefícios sociais por falta de recurso, que se deu por má gestão (como o congelamento de preço de combustível e desconto na energia elétrica) e corrupção; o PT, diferentemente de qualquer outro governante, tornou a corrupção um método de governo; o PT, que sempre acusou o outro de privatizador, fez conluio, como nunca visto, com os maiores empresários e construtoras do país; o PT venceu todas as eleições levantando falsos dossiês contra seus opositores; o PT venceu as eleições de 2014 mentindo aos brasileiros, sobretudo, a seus eleitores. E ainda se diz vítima de um golpe?! E os brasileiros são vítimas de quê?! E ainda diz que a oposição, caso assuma, irá cortar benefícios?! Como assim?! Diz que o governo Temer, caso chegue à frente, não será legítimo?! Quem votou na presidente Dilma, votou no vice-presidente Michel Temer! Os petistas colocaram Temer na cadeira que ele ocupa, e em caso de a presidente ser afastada, ele assume, segundo as regras constitucionais. Temer foi eleito, sim!, e pelos próprios petistas. O congresso que a está tirando, quando a tira, é o povo que a tira, ou o congresso não foi legitimamente eleito pelo povo?

A senhora Dilma foi a única presidente eleita a deixar o governo pior do que o encontrou. Enquanto o mundo cresce, o Brasil envergonha. Enquanto as feministas militantes de plantão defendem uma criminosa fiscal e eleitoral, e acusam preconceito de gênero, a presidente perdeu a chance de ser uma grande governante como sendo a primeira mulher presidente do país. Eu já sabia, conhecendo seu passado. O tempo é o senhor da razão. Agora já era. Caiu!