sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Fala sério, PSOL!

O PSOL foi fundado em 2004 por pessoas que foram expulsas do PT, e foi criado, segundo as palavras de um dos fundadores, Babá, para “enfrentar o governo corrupto de Lula que se aliou a uma verdadeira quadrilha”. Ele se refere a pessoas como Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Renan Calheiros, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima (sim, o homem da mala com cinquenta milhões de reais), Collor de Mello (sim, o principal opositor de lula em 89, que venceu a eleição e sofreu impeachment com o apoio do PT), Michel Temer (sim, o tal “golpista”), entre outros. Isto é, todos os perfis político-partidários que o PT sempre repudiou fizeram parte de seu governo.

Hoje, Guilherme Boulos, candidato à presidência da República pelo PSOL, não economiza insultos a seus adversários, enquanto eleva Lula (muito provavelmente com a intenção de cooptar os votos do presidiário que teve sua candidatura impugnada pela justiça). Um dos presidenciáveis que Boulos mais insulta é Henrique Meirelles, a quem “acusa” de banqueiro. O mais grave é que ninguém tentou alertar o candidato pelo PSOL do seguinte fato: Meirelles foi um dos homens mais fortes de Lula, a quem Boulos defende com unhas e dentes. Será que há alguma contradição nisso tudo?

Babá, fundador do PSOL, em entrevista ao UOL, disse estar revoltado com seu partido. Primeiramente, porque para as eleições de 2018 não houve prévias, isto é, Boulos, o lulista, foi feito candidato sem uma votação interna no partido. Isso que é democracia, hem; secundariamente, porque o PSOL, que diz lutar tanto contra a corrupção e a direita, tem apoiado abertamente o PT, partido que esteve à frente dos maiores escândalos de corrupção da história, além de ter se aliado com a pior espécie da política do país, inclusive com o PP (sim, do Maluf), partido da ditadura militar, aquela ditadura, de direita, que Boulos é incisivo em criticar, só não critica a aliança que seu super-herói, o Lula, fez com os homens da... ditadura.

É claro que eu não vou estender ainda mais este artigo para falar da corrupção que o próprio PSOL também comete, como o famigerado caso, já admitido pelo partido, da presidente da legenda em 2013 e deputada pelo RJ, Janira Rocha, acusada de cotização e desvio de verba; ou ainda a "farra das passagens aéreas" envolvendo a fundadora do PSOL, candidata à presidência em 2014, Luciana Genro; ou a condenação do deputado federal Edmilson Rodrigues por fraudes na compra de livros didáticos e desvio de verbas do FNDE; ou o caso envolvendo Leonel Brizola Neto, acusado de receber propina junto a Eduardo Paes (hoje forte candidato ao governo do RJ) durante as obras das Olimpíadas no Brasil; ou, para encerrar, os 450 mil reais que o então candidato à prefeitura de Macapá, em 2012, Clécio Luís, recebeu da Odebrecht para sua campanha vitoriosa. Por ser um partideco insignificante na política nacional, o PSOL possui casos de corrupção de partido grande.

Assim como o PT, o PSOL só é bom em uma coisa: propaganda. E de limpo não tem nada.

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