terça-feira, 18 de setembro de 2018

Os Riscos de se Eleger o PT

É necessário que o eleitor tenha em mente alguns dados antes das eleições, e não depois delas, como foi em 2014, quando Dilma Rousseff dizia nos programas que estava tudo caminhando bem, e somente após o pleito o Brasil teve acesso à verdadeira crise, que, diga-se, já existia. Isto é, nada estava bem havia tempo.

No programa do PT deste ano (2018), a retórica é: o Brasil feliz de novo, querendo dizer que à época de Lula era tudo maravilhoso, e somente passou a ser ruim após Temer assumir o governo. Vamos lá.

Em primeiro lugar, devemos desconfiar de partidos que possuem um deus, como é o caso do Partido dos Trabalhadores. Seu plano de governo deste ano começa dizendo que Lula é uma ideia. Veja a que nível chegou seus religiosos e como estes enxergam seu líder. Haddad não tem independência, ele foi ungido por Lula, basta ler a carta do ex-presidente, publicada agora em setembro. Lula é quem dá as ordens, de dentro da prisão, como um líder de facção criminosa. Avante aos dados anunciados por mim.

A fala de que o PT tirou 36 milhões da situação de extrema pobreza é falsa. Foi por meio da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em 2012, no governo Dilma, que surgiu a falácia. De acordo com o IPEA, a classe média passou a ter este status caso passasse a receber a partir de R$ 291,00. Deste modo, do nada, milhões de brasileiros foram colocados no patamar de classe média, saindo assim da pobreza. De fato, houve, sim, uma queda na pobreza, não dá pra negar, mas esta foi puxada pela economia desenvolvida ao longo de toda década de 90. Não há, portanto, nada que aponte o milagre Lula como indica a propaganda petista. Os números, obviamente, foram altamente inflados.

A sensação de riqueza que o Brasil viveu no primeiro mandato de Lula se deu pelo boom de crédito fornecido pelos bancos, já que o Brasil havia conseguido controlar a hiperinflação das décadas anteriores. Este controle inflacionário se deu, não no governo Lula, mas a partir de Itamar Franco. Lula apenas pegou um momento bom que a economia vinha vivendo. A população de fato consumiu mais, mas foi através de crediário, e logo após essa farra geral, o que se viu foi um show de endividamento, inclusive dos bancos públicos, que assumiram as dívidas quando os privados pisaram no freio.

O PT, em entrevistas recentes, culpou a oposição pela crise. Veja só, a oposição está afastada da situação há quase vinte anos, e mesmo assim é a culpada. E o partido culpa a oposição por esta ter votado, segundo a acusação, contra medidas importantes de 2015 para cá. Mesmo que isso fosse verdade, e não é, a crise vem de muito antes. Como já registrei, o governo Lula foi uma farra e iludiu o brasileiro, que só consumiu tudo o que consumiu por ter tido acesso a créditos desgovernados, não por ter estado em situação financeira satisfatória. Uma hora a conta seria cobrada mesmo, e foi. Nem vou entrar no mérito da corrupção, que sem dúvida não se equipara a nada que qualquer outro tenha feito. O PT é um partido corrupto na essência, o próprio ente jurídico é corrupto, e não apenas as pessoas ligadas a ele. O partido enriqueceu os empresários e as empreiteiras, e ao pobre somente a migalha dos benefícios sociais, ad aeternum. Fica fácil tirar alguém da pobreza assim. Também não vou entrar no mérito da condenação de Lula. Ele está preso! Não vou abordar também os tantos outros nomes da cúpula do partido que estão ou presos ou condenados ou que são réus. É este o partido que quer voltar ao poder.

Para o artigo não ficar maior do que deve, vou me ater a apenas dois pontos de má gestão que impulsionaram a crise, antes do que o PT chama de golpe de 2015.

A política de preços de combustíveis. Segundo o fundo de investimentos Antares, acionista da Petrobras, o Brasil, entre 2005 e 2013, vendeu combustível abaixo do preço internacional em cerca de 70% do tempo. Os combustíveis ficaram com preços até 30% menores do que no exterior. Como o país não é autossuficiente na produção de combustíveis, a estatal foi forçada a importar, e assim arcar com os custos. No mesmo período, a empresa investiu irrefreadamente no programa do pré-sal, o que elevou a dívida da empresa a valores superiores a 400 bilhões de reais, levando, ainda, bancos públicos a emprestarem dinheiro, causando um segundo prejuízo. Com toda essa política demagógica para dizer ao eleitor que no governo deles o combustível era mais barato, a empresa foi a breca, e nos forneceu a crise que vemos hoje, fora todo o desvio por meio da corrupção que todos já conhecem. Enquanto os correligionários do partido, que tenta voltar ao poder a qualquer custo, ficam presos ao pré-sal e sustentam seu fetiche pela Petrobras, o mundo planeja parar de produzir carros com os motores convencionais. Já a partir de 2040 haverá uma mudança nesse aspecto. E o PT preso e gastando e perdendo e roubando fortunas com o ultrapassado pré-sal.

O segundo e último ponto de má gestão petista está ligado à conta de luz. Em 2012, o governo, por meio de MP, exigiu que as empresas de energia baixassem o preço da energia elétrica. Para os consumidores, na época foi uma boa notícia, já que o valor foi reduzido em 20%, mas o custo de produção de energia subiu, e as empresas não fecharam suas contas, o que está causando impacto nas contas até hoje (2018). Veja os aumentos em sua conta de luz. Resultado: o setor elétrico adquiriu uma dívida de 100 bilhões de reais, e o Tesouro Nacional é quem teve de emprestar a verba, isto é, o próprio contribuinte.

Deixei de entrar em muitas outras questões, como o fato de a então presidente Dilma ter baixado erroneamente os juros na marra, impulsionando a crise; a desoneração das empresas que a mesma presidente autorizou, elevando o déficit previdenciário; e os milhões de desempregados que o PT deixou ao sair do poder. O partido da maior recessão da história quer voltar ao expediente, e para isso culpa a oposição, fora do poder há vinte anos, pela crise.

Portanto, caro eleitor, nós já sabemos em que o PT é bom: propaganda política. E só.

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